agosto 29, 2004

Doutoramento? Não, obrigado

Último Domingo de Agosto. Hoje não estava a pensar escrever por aqui. Mas como estamos a contar que ainda esta semana o Catedrático da discussão sobre a Educação Superior (como lhe chama) esteja de regresso, e então poderei ausentar-me mais (sim, porque tenho uma tese em mãos, que quero terminar para que a biblioteca da FLUP fique com mais um livro... é o meu contributo), decidi abrir hoje a discussão para novos temas, indo buscar o que alguns "estrangeiros" escrevem por esse mundo fora. É o Fio de Ariana em busca da internacionalização, tão em moda. Assim, e para responder (só em parte, muito em parte) ao desafio do MJMatos, lançado num comentário ao texto anterior, deixo aqui excertos de um texto escrito por um professor de História - a minha área científica - numa pequena universidade americana. Chama-se Timothy Burke, e é "Assistant Professor" no Swarthmore College. A propósito do doutoramento e das "graduate schools" diz ele:

"A Ph.D in the humanities is useful for one thing only these days, and that's being an academic. I don't think that is the way it should be, and I hope reforms will be possible in the near future. But that is the way it is for the moment. Take this issue seriously as well, but consider it independently from the other challenges that graduate work presents." (Não o tinha lido antes de escrever o texto anterior, mas como vemos a visão redutora do doutoramento não é maleita nacional).


"Graduate school is not about learning. If you learn things, it's only because you've already internalized the habit of learning, only because you make the effort on your own and in concert with fellow graduate students. You learn because that's what you do now, that's your life. Don't go into it expecting to extend the kinds of heathily collaborative relationships youâve had to date with your teachers and don't go into it expecting to extend the kinds of educational nurturing youâve had to date. Graduate school is not education. It is socialization. It is about learning to behave, about mastering a rhetorical and discursive etiquette as mind-blowingly arcane as table manners at a state dinner in 19th Century Western Europe."


O texto integral (não é longo, é num blogue...) pode ser lido aqui.