Alguns devem pensar que tenho estado menos activo aqui no blogue por cansaço ou falta de inspiração. Mas não é verdade. O que se passa é que tenho andado com um braço na tese, outro numa comunicação (já escrita, só falta apresentar) e um terceiro braço numa outra. É uma actividade científica a que eu não estou habituado. Aliás, com estas "brincadeiras" a tese teria estado um banho-maria, não tivesse eu encontrado mais umas "fontes". Ai... as fontes. Eu perco-me com as fontes. No trabalho científico existem duas fases de que eu mais gosto: dias inteiros no arquivo com papéis velhos escritos com aquela trágica tinta de Seiscentos e o trabalho final. A parte de partir pedra é mais dolorosa. Por vezes parece que não sei escrever ou até tratar a informação. Eu acho que quando terminar a tese não vou acreditar que fui eu quem a escreveu. E, sobretudo, que aquele pequeno texto demorou tantos meses a ser construído. Mas fui... mas fui...
Em suma, estes últimos dois anos têm sido extraordinários, no que diz respeito a este lado da minha vida. Não faço aquilo que gosto. Não. Faço aquilo que adoro, que me entusiasma... Assim, mesmo que daqui a poucos meses tudo isto acabe ficarão boas recordações. Mesmo do ponto de vista humano. É que também existem excelentes pessoas no Campo Alegre... E muito boas do ponto de vista científico. É por tudo isto que não me arrependo de ter frequentado a via científica de um curso de História e ter realizado um mestrado na mesma área, mesmo sabendo que isso não seria chave para nenhuma porta profissional. Não foram opções inconscientes. Foram concretizações de sonhos. E eu nunca fui pessoa de desistir antes de "pôr pernas ao caminho"...