Já por aqui narrei alguns episódios vividos em arquivos portugueses. Mas o comentário do PJ fez-me voltar ao assunto. Na verdade, o modo como um arquivo histórico está organizado condiciona o trabalho do investigador. Já para não falar da boa ou má vontade de quem lá trabalha.
A inexistência de invesntários e outros instrumentos de pesquisa continua a ser um dos principais problemas com que nos deparamos. Até porque, a sua inexistência reflecte toda uma desorganização da documentação existente nesse mesmo arquivo. Quem um dia for ler a minha tese não vai imaginar (nem tem de) as horas perdidas à "cata" da informação. E outras tantas horas a imaginar a orgânica da mesma documentação (que reflectiria a do arquivo/estrutura da instituição em estudo). Ainda hoje tenho muitas dúvidas... Mas os prazos de entrega da tese (e não só) não me permitem estar à espera que o arquivo se organize (isso seria esperar eternidades) ou que eu o organize mentalmente. Na verdade, este arquivo, como quase todos, tem falta de técnicos, por impossibilidade de contratação. Vão valendo os estagiários que por lá vão passando.
No entanto há muito boa vontade por parte do arquivo que mais tenho frequentado. E o interesse demonstrado pelo trabalho dum tipo que, vindo de fora, se apaixonou por aquela papelada... E aqui o tipo só tem a agradecer. Obrigado.