Até há bem pouco tempo, numa determinada faculdade de Letras, para além da licenciatura em História (propriamente dita), havia duas variantes: em Arqueologia e História de Arte. A divisão ocorrida no seio dos docentes de História deu origem a dois departamentos: o de História e o de Ciências e Técnicas do Património. Por sua vez, as variantes deram origem a duas novas licenciaturas: em Arqueologia e em História de Arte. A cisão departamental já aqui foi comentada. Por comentar ficou o curriculum das duas novas licenciaturas. Não vou desenvolver muito o problema.
Referindo-me apenas à licenciatura em Arqueologia, é minha opinião que se criou um curso excessivamente técnico, com pouco conteúdo científico, nomeadamente da área disciplinar de História. As leituras dos excelentes textos reflexivos do Holocénico têm-me feito reflectir ainda mais nesta questão. Um dos seus textos fala da quase ausência de reflexão epistemológica nessa área. Na instituição em questão, oferece-se apenas uma disciplina que engloba História e Teoria da Arqueologia. Remeto-vos para o blogue do Holocénico que está, sem dúvida, mais à vontade para debater esta questão (ainda que não concorde com tudo o que tem dito, nomeadamente nos comentários que fez no meu texto intitulado "Ciências").
Mas uma dúvida aqui fica: estarão os novos arqueólogos aptos para analisar, ou apenas para recolher e descrever, qual História positivista?